"Os judeus
têm vivido uma existência que é muito mais dura do que a nossa. Não há nada que
se compare ao Holocausto," - afirmou o ex-presidente cubano Fidel Castro ao
jornal norte-americano The Atlantic.
Segundo um
artigo publicado por este jornal na sua edição online, Fidel Castro terá apelado
ao ditador iraniano Ahmadinejad para deixar de atacar os judeus.
Segundo Jeffrey
Goldberg, que entrevistou Castro na capital cubana de Havana, o líder cubano
dedicou muito das suas cinco horas da entrevista à questão do
anti-semitismo.
Castro disse ao
jornal The Atlantic que o governo iraniano deveria entender as
consequências do anti-semitismo.
Nas palavras de
Fidel Castro, "Isso (o anti-semitismo) decorreu por uns dois mil anos.
Penso que não há ninguém que tenha sido tão atacado como os judeus. Diria até,
muito mais do que os muçulmanos. Eles têm sido muito mais atacados do que os
muçulmanos porque são acusados e atacados por tudo. Ninguém culpa os muçulmanos
por tudo."
E acrescentou:
"Os judeus têm vivido uma existência que é muito mais dura do que a nossa.
Não há nada que se compare ao Holocausto."
Questionado pelo
entrevistador Goldberg se ele repetiria estes comentários a Ahmadinejad, Castro
disse: "Estou dizendo isto para que você lho possa
comunicar."
E acrescentou:
"O governo iraniano deveria entender que os judeus foram expulsos da sua
terra, perseguidos e maltratados por todo o mundo, acusados de terem matado
Deus. No meu julgamento, eis o que aconteceu com eles: selecção revertida. O que
é selecção revertida? Por mais de 2.000 anos eles foram sujeitos a terríveis
perseguições e depois aos pogroms. O mais lógico é pensar-se que eles
desapareceriam. Penso que a cultura e a religião deles os manteve juntos como
nação."
Depois desta
entrevista, o jornalista Goldberg compartilhou com o jornal israelita Haaretz as
suas impressões acerca do pensamento por detrás das afirmações de Castro:
"Penso que ele (Castro) reconhece que foi demasiado longe em certas
críticas a Israel. Penso que ele quer ser um interveniente nesta matéria. Penso
que ele está genuinamente ofendido pela negação do Holocausto."
Como é bem
sabido, o presidente ditador lunático do Irão, Ahmadinejad, tem afirmado
constantemente que o Holocausto é "um mito", alegando que os judeus
exageraram nos relatos do genocídio nazi de forma a conquistar a simpatia dos
europeus...
Como se os
judeus precisassem dela...
Costuma dizer-se
que "quando vês as barbas do teu vizinho a arder, põe as tuas de molho".
Parece que a morte do anti-semita Hugo Chavez, o vizinho e amigo de Castro, lhe
terá ensinado alguma coisa de bom. Assim seja. Nunca é tarde para voltar
atrás.
Shalom,
Israel!
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