segunda-feira, 11 de março de 2013

FIDEL CASTRO DIZ A AHMADINEJAD PARA PARAR DE NEGAR O HOLOCAUSTO

 




"Os judeus têm vivido uma existência que é muito mais dura do que a nossa. Não há nada que se compare ao Holocausto," - afirmou o ex-presidente cubano Fidel Castro ao jornal norte-americano The Atlantic.

Segundo um artigo publicado por este jornal na sua edição online, Fidel Castro terá apelado ao ditador iraniano Ahmadinejad para deixar de atacar os judeus.

Segundo Jeffrey Goldberg, que entrevistou Castro na capital cubana de Havana, o líder cubano dedicou muito das suas cinco horas da entrevista à questão do anti-semitismo.


Castro disse ao jornal The Atlantic que o governo iraniano deveria entender as consequências do anti-semitismo.

Nas palavras de Fidel Castro, "Isso (o anti-semitismo) decorreu por uns dois mil anos. Penso que não há ninguém que tenha sido tão atacado como os judeus. Diria até, muito mais do que os muçulmanos. Eles têm sido muito mais atacados do que os muçulmanos porque são acusados e atacados por tudo. Ninguém culpa os muçulmanos por tudo."

E acrescentou: "Os judeus têm vivido uma existência que é muito mais dura do que a nossa. Não há nada que se compare ao Holocausto."

Questionado pelo entrevistador Goldberg se ele repetiria estes comentários a Ahmadinejad, Castro disse: "Estou dizendo isto para que você lho possa comunicar."


E acrescentou: "O governo iraniano deveria entender que os judeus foram expulsos da sua terra, perseguidos e maltratados por todo o mundo, acusados de terem matado Deus. No meu julgamento, eis o que aconteceu com eles: selecção revertida. O que é selecção revertida? Por mais de 2.000 anos eles foram sujeitos a terríveis perseguições e depois aos pogroms. O mais lógico é pensar-se que eles desapareceriam. Penso que a cultura e a religião deles os manteve juntos como nação."

Depois desta entrevista, o jornalista Goldberg compartilhou com o jornal israelita Haaretz as suas impressões acerca do pensamento por detrás das afirmações de Castro: "Penso que ele (Castro) reconhece que foi demasiado longe em certas críticas a Israel. Penso que ele quer ser um interveniente nesta matéria. Penso que ele está genuinamente ofendido pela negação do Holocausto."

Como é bem sabido, o presidente ditador lunático do Irão, Ahmadinejad, tem afirmado constantemente que o Holocausto é "um mito", alegando que os judeus exageraram nos relatos do genocídio nazi de forma a conquistar a simpatia dos europeus...

Como se os judeus precisassem dela...

Costuma dizer-se que "quando vês as barbas do teu vizinho a arder, põe as tuas de molho". Parece que a morte do anti-semita Hugo Chavez, o vizinho e amigo de Castro, lhe terá ensinado alguma coisa de bom. Assim seja. Nunca é tarde para voltar atrás.

Shalom, Israel!

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