quinta-feira, 23 de abril de 2015

Um verdadeiro genocídio: A cada 5 minutos morre um cristão no Oriente Médio

Imagem referencial. Foto: Cáritas Jerusalém.
MADRI, 11 Dez. 14 / 03:03 pm (ACI/EWTN Noticias).- Gabriel Nadaf é um sacerdote da Igreja Ortodoxa Grega. Vive em Nazaré (Israel) e está ameaçado de morte por explicar a situação dos cristãos no Oriente Médio, por isso fica escoltado durante 24 horas por dia, o grau mais alto de proteção oferecida pelas autoridades israelenses.

Entretanto, durante sua visita à Espanha assegurou ao Grupo ACI que não tem medo e que veio "para que a voz dos cristãos do Oriente seja escutada".

"O que acontece no Oriente é um genocídio e está acontecendo hoje, agora", assegura Nadaf. "A cada cinco minutos um cristão morre no Oriente Médio e os líderes mundiais sabem. Levo anos gritando isso enquanto o mundo se cala", explica com uma clareza surpreendente e precisa que "o Oriente Médio está esvaziando-se de cristãos e foi lá onde a sua fé nasceu".

Diante desta situação Nadaf propõe que os líderes cristãos assinem uma declaração clara para enfrentar o genocídio porque segundo precisa "o que está sendo feito não é suficiente. É preciso fazer algo a mais para salvá-los", entre outras coisas propõe o envio de soldados e exército "para guardar os cristãos de lá".

Conforme afirma, Israel é o único país do Oriente Médio onde os cristãos, apesar de ser uma minoria dentro das minorias, podem viver de maneira segura. "Em Israel não matam os cristãos, não queimam as nossas Igrejas, não estupram as meninas", assegura, e também alenta todas as pessoas a ficarem em Israel "para fortalecer a presença cristã no Oriente".

"Apesar dos cristãos em Israel sermos uma minoria, temos um nível de vidamuito bom. Mas o mais importante é que temos uma democracia e liberdade de culto religioso. Quando há vozes que se elevam contra o Estado de Israel, isto testemunha que há uma democracia sadia. Porque nos países islâmicos, que estão muito perto de nós, ocorre justamente o contrário", afirma ao Grupo ACI.

Israel é um país pequeno em extensão, mas a sua população é muito diversa. Vivem lá 7 milhões de judeus, 1.300.000 muçulmanos e cerca de 160.000 cristãos de diversas denominações. Recentemente, a minoria dentro da minoria que são os cristãos em Israel, já não devem considerar-se árabes ou palestinos, mas cristãos israelenses. Uma nova denominação que conforme explica Nadaf "dá a permissão e o direito aos cristãos que queiram voltar para suas raízes e a sua nacionalidade", "eu sou um deles".

"O Estado de Israel dá direitos a todos os seus cidadãos, o que falta é que haja amor entre as pessoas porque ainda não estamos unidos", assegura. Por isso, como cidadãos do Estado de Israel os cristãos também começarão servir o exército, também chamado Tzahal, atualmente servido praticamente só pelos judeus, por isso se prevê que em 2015 haja 400 cristãos.

Por isso precisa que "a paz que há em Israel poderia ser estendida ao resto do Oriente amando Israel que é a terra que Deus escolheu, onde ocorreu a anunciação. A terra dos profetas, de Jesus, de Maria e dos apóstolos" e destaca: "O ódio no cristianismo está proibido".

O Pe. Gabriel Nadaf nasceu e atualmente vive em Nazaré, estudou lá em uma escola católica dirigida pelos Salesianos. "Tenho muito boa relação com os salesianos porque me educaram em valores desde a minha infância. Foi lá que descobri que tinha que servir a igreja e ser sacerdote", conta ao Grupo ACI.

Apesar de seus pais se oporem a sua vocação de sacerdote, o Pe. Nadaf se ordenou em 1995 na Igreja Ortodoxa grega. "Nesta época não havia sacerdote jovens, eu era o primeiro e tinha 22 anos. Coloquei em prática o que aprendi na escola com os Salesianos, trabalhando com esse espírito", recorda.



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