Uma decisão potencialmente polêmica, proposta pela Jordânia na ONU, pode ser aprovada nesta quinta-feira, 23/4. O órgão das Nações Unidas responsável pelo Patrimônio da Humanidade (UNESCO) está prestes a aprovar uma proposta que limita a atividade judaica e israelense nas proximidades e no local do Monte do Templo, decisão que poderá agravar as tensões nacionais e religiosas existentes na Cidade Velha de Jerusalém.
Em declarações à Agência de Notícias Tazpit, Lisa Rahmani, da organização “Face of Israel”, registrou sua indignação com o suposto conteúdo do documento.
“Estamos indignados com a proposta. Ela não só viola o artigo 9 do tratado de paz entre Israel e Jordânia, mas também o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o respeito à liberdade de religião.”
É esperado que este projeto de decisão seja aprovado nesta quinta-feira, 23/4, durante a 196ª sessão do comitê, devido à composição de membros do comitê e do bloco de votação automática que a Jordânia tem em tais órgãos das Nações Unidas.
Setores-chave da proposta da Cidade Velha, enviados pela Jordânia, condenam atividades israelenses na Cidade Velha e o acesso de visitantes judeus ao Monte do Templo. Além disso, condenam as escavações e as atividades arqueológicas de Israel e organizações judaicas no local.
O projeto solicita que a comissão da UNESCO exija o fim imediato de todas as ações israelenses que supostamente estão impedindo 19 projetos propostos pela Jordânia no Monte do Templo e alega que Israel está dificultando o acesso de muçulmanos e cristãos ao local.
Os opositores da decisão que está pendente na UNESCO acusam que o texto proposto é repleto de retóricas antissemitas e anti-israelenses, além de ser baseado em informações errôneas e má interpretação dos fatos e do direito internacional.
Em uma carta urgente de apelo à UNESCO, enviada pelo “Fórum Jurídico Internacional” e “The Face of Israel”, a diretora do Fórum Jurídico, Yifa Segal, acrescenta que a decisão “pode causar um grande dano para todos os israelenses bem como para os judeus em todos os lugares, e pode pôr em perigo valores muito fundamentais nos quais a sua organização é construída. Nós pedimos que a Unesco retenha a passagem desta resolução controversa neste momento, e permita-nos a possibilidade de apresentar os fatos e evidências para apoiar nossa reivindicação”.
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