sexta-feira, 5 de junho de 2015

PARASHAT BEHAALOTECHÁ

O Templo Sagrado de Jerusalem
O Templo Sagrado de Jerusalem
Na Torá leremos, nesta semana, sobre a ordem Divina dada a Arão, o Sumo Sacerdote, de acender o candelabro de sete braços. O Templo Sagrado era fonte de esplendor e de iluminação para o mundo físico, e o Cohen Gadol era o responsável por inflamar fisicamente as chamas de glória que iluminariam o universo inteiro.
Interessante perceber como o ato de acender o fogo está presente em muitas de nossas festividades e rituais. Acendemos as velas de Shabat na sexta-feira à noite para o encerrarmos, na noite seguinte, acendendo as chamas para a Havdalá. Em Lag BaOmer nos reunimos em torno de fogueiras e antes de Pessach queimamos o chametz. Antes do brit-milá, acendemos uma vela, e ela também está presente no caminho para a chupá, na celebração do casamento judaico. A presença da luz e do fogo, com todo seu magnetismo, calor e beleza, influencia diretamente nossos sentimentos de bem-estar e de contentamento.
A Arão foi ordenado acender os pavios “até que o fogo arda por si mesmo”. A mensagem fica clara para quem conhece a dificuldade de queimar o carvão para assar um churrasco ou começar uma fogueira sem usar álcool ou gravetos. É preciso muita habilidade para administrar todos os aspectos envolvidos e são necessárias algumas tentativas até que a chama cresça e se espalhe. No entanto, uma vez bem aceso, o fogo novo é incomparavelmente mais poderoso e útil do que o insignificante palito de fósforo a partir do qual foi aceso.
Essa imagem ilustra a dificuldade de chegarmos até os outros para ajudar a acender seu fogo interno. Não é um movimento fácil e muitas vezes nos sentimos tímidos e incomodados pela interferência. Não estamos certos de que nosso esforço terá de fato alguma utilidade. Por isso nos retraímos e deixamos o mundo como está, cuidando de si mesmo. É justamente o que não podemos e não devemos fazer, pois o efeito de inspirar o próximo é exponencial. Basta ver o que acontece quando causamos o bem – as consequências são sempre poderosas.
No dia a dia, somos um pouco “Cohen” em nossas vidas, pois faz parte de nossa missão transmitir o esplendor de D’us que existe dentro de nós mesmos. E, com ele, iluminamos o nosso ambiente e também o nosso redor, trazendo claridade à vida de nossos familiares, amigos e conhecidos. Que possamos assumir nossa responsabilidade de iluminar e aquecer o mundo ao nosso redor, ajudando a romper o gelo que por vezes envolve a existência daqueles que nos cercam.
Shabat Shalom!
Rabino Eliyahu e Rivky Rosenfeld

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