Líderes de várias denominações têm pressionado a Secretária de Estado Hillary Clinton a trabalhar com as autoridades iraquianas no sentido de proteger minorias cristãs vítimas de perseguições.
O Conselho Nacional de Igrejas e parceiros ao redor do mundo enviaram uma carta, nesta segunda, para a Sra. Clinton e para o Secretário de Defesa dos EUA, Robert M. Gates, expressando preocupação em relação à “freqüente ocorrência de ataques violentos a grupos minoritários no Iraque.”
“Apenas esse ano mais de uma dúzia de mortes violentas já ocorreram envolvendo Cristãos no Iraque,” declara a carta. “Nossa preocupação agora é maior porque é possível que as tensões aumentem à medida que várias forças políticas brigam para assumir o poder na recente eleição”.
O Iraque manteve seus parlamentares em março, mas a formação do novo governo foi adiada entre as fortes disputas devido os resultados.
Enquanto os políticos continuam de olho na nova coalizão do governo, líderes eclesiásticos temem “o crescente clima de desconfiança e animosidade” após as eleições “ameaçarão ainda mais a frágil comunidade cristã”.
Na carta, o secretário geral da CNI, o reverendo Michael Kinnamon e outros líderes, incluindo Paula Clayton Dempsey da Aliança Batista, o Bispo da Igreja Ortodoxa Cóptica na Carolina do Norte, O reverendo da Igreja Evangélica Luterana na América, Mark Hanson – apelaram para que Clinton e Gates alertassem o Governo Iraquiano.
A carta chega dias após Cristãos no norte do Iraque erigirem uma estátua de Jesus, usando o modelo do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, em meio a ataques montados de extremistas.
Bashar Jarjees Habash, coordenador para assuntos cristãos na cidade de Hamdaniya, disse que a estátua de Jesus com os braços abertos foi construída para “enviar uma mensagem de paz a todos e para dizer que queremos viver em paz com todos”, como noticiado pela Agência de Imprensa da França.
“As pessoas desta área já tentaram viver em paz com todo mundo, mesmo com aqueles que brigavam e os ameaçavam”, disse ele a AIF.
Desde a invasão americana no Iraque em 2003, em torno de 250.000 a 500.000 Cristãos ou cerca da metade da população cristã deixou o país de acordo como a Alta Comissão de Refugiados da ONU.
Os Cristãos têm sido alvo de ataques por anos e a violência contra minorias tem aumentado logo no início deste ano, encabeçada pelas eleições de 7 de março. No mínimo 10 }Cristãos iraquianos foram mortos por pistoleiros desconhecidos em Mosul em fevereiro.
Centenas de Cristãos Iraquianos tomaram às ruas esse mês com vários protestos, cantando “Pare com a matança de Cristãos ”.
No novo apelo esta semana, os líderes pediram aos oficiais dos EUA para trabalharem com os Iraquianos não somente no sentido de protegerem os Cristãos e os outros grupos minoritários mas também para encorajar a preservação da diversidade religiosa e étnica no Iraque.
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