As ditaduras sustentadas há mais de 30 anos no Oriente Médio e apoiadas por países do Ocidente são frutos de diversos fatores políticos e econômicos, a maioria dos países árabes passaram por um domínio neocolonial encabeçado por grandes potencias europeias. A forma que essas potencias encontraram de continuarem lucrando com o petróleo desses países após sua independência, foi o estabelecimento de ditaduras, além do mais havia o medo de a União Soviética se aproveitar do cenário político na época e estabelecer ali Estados comunistas. O Iêmen é um desses países árabes nos quais essas revoltas tem ocorrido. Este país era divido ao meio em República Árabe do Iémen ou Iêmen do norte (dominado pelo Império Otomano) e República Democrática do Iémen ou Iêmen do Sul (dominado pela Grã-Bretanha). Em 1918 o norte tornara-se independente do Império Otamano e em 1967 o sul dos britânicos, mas a unificação politica de ambos os territórios só ocorreu em 1990. Atualmente cerca de 99,9% de sua população é muçulmana (o Islamismo é a religião oficial do país), e sua economia é predominantemente rural. O Iêmen é considerado o país mais pobre do Oriente Médio. As recentes revoltas no Iêmen tiveram inicio no dia 12 de fevereiro de 2011, quando milhares de pessoas foram às ruas pedir a renuncia de seu atual presidente Ali Abdullah Saleh que está no poder desde 1978. As tradições tribais e as disputas entre grupos sunitas e xiitas foram e são agravantes nas revoltas e guerras ocorridas no Iêmen. Após á renuncia de Hosni Mubarak no Egito, as manifestações se intensificaram e a população quer a qualquer custo a renuncia de Saleh antes de 2013 ultimo ano de seu atual mandato. Segundo o site de noticias UOL Saleh alega que a tentativa de um golpe de estado contra seu governo pode gerar uma grande guerra civil, muitos países do mundo árabe como Síria, Arábia Saudita e Jordânia retiraram seu apoio ao governo de Saleh. A constituição do Iêmen tem o Islamismo por religião oficial, a evangelização de muçulmanos é proibida e a apostasia um crime passível de morte. Temos que orar para que esse atual cenário político possa gerar maior abertura ao evangelho, não só no Iêmen, mas em outros países como Líbia, Egito e Tunísia. Marcelo Peixoto/ UOL |
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quarta-feira, 23 de março de 2011
Entenda as revoltas no Iêmen
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