terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Campanha Publicitária 'Religião Não Define Caráter' é Barrada em Salvador e Porto Alegre

A campanha publicitária atéia em companhia de ônibus com o slogan “Religião Não Define Caráter,” é barrada em Salvador e Porto Alegre, Brasil, pela Fast Mídia, empresa que comercializa os espaços nos ônibus da cidade.
A idéia original seria a divulgação de 4 anúncios combatendo o preconceito à religião, em defesa ao ateísmo. Em um deles apresenta Hitler e Charles Chaplin lado a lado, com os dizeres “Religião não define caráter.”
Segundo o gerente-geral da empresa, que se identificou como Amaral, o anúncio foi enviado pela Atea para análise, mas foi reprovada.
“Não vamos veicular com base na lei, porque no meu entender está clara a ofensa religiosa,” disse, citando o Decreto Municipal nº 12.642, de 2000, que regulamenta a publicidade pública.
O assunto gerou polêmica e culminou no envio e recebimento de e-mails que chamavam Amaral de preconceituoso. Após isso, ele agora pretende ir à Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) nesta segunda-feira, 13.
“Não consultei a Prefeitura porque a lei é bem clara, mas se me derem um documento por escrito, eu autorizo a veiculação na hora,” garantiu o empresário que recusou o contrato por um período de um mês, no valor médio de R$ 4,5 mil.
Por outro lado, a Atea afirma que a campanha "não procura fazer desconversões em massa." Diz que os objetivos são "conseguir um espaço na sociedade que seja proporcional aos números, diminuindo o enorme preconceito que existe contra ateus, e caminhar rumo à igualdade plena entre ateus e teístas, que só existe quando o Estado é verdadeiramente laico - o que está muito, muito longe de acontecer"
Segundo o secretário de Comunicação do município, Diogo Tavares, a Sucom não tem o caráter de analisar o conteúdo da publicidade. “No caso recente dos outdoors com a música do cantor Tomate, a Sucom foi acionada depois que as pessoas se sentiram ofendidas. Já neste caso, eu não sei o procedimento,” afirmou Diogo. O superintendente da Sucom, Cláudio Silva, foi procurado neste sábado, 11, mas não atendeu às ligações da reportagem.
A Associação atéia afirma que as iniciativas de autoridades públicas em defesa dos ateus, embora tenham sido provocadas pela Atea e outros ateus, são inéditas no país e "constituem marcos importantes na luta por direitos." Recentemente, a Atea exerceu direito de resposta em dois grandes jornais do país com relação a um par de artigos de Frei Betto relacionando tortura a ateísmo militante.
A Fast Mídia, contratada para expor as propagandas, usou o Decreto de lei 12.642/2000 - que trata sobre a Publicidade na Bahia - para barrar a veiculação das peças. O artigo, portanto, proíbe a colocação e exposição de qualquer meio ou anúncio que favoreça ou estimule ofensa ou discriminação sexual, racial, social ou religiosa.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Atea, Daniel Sottomaior, declarou que a campanha não é ofensiva e que o veto da Fast Mídia reforça o preconceito contra os ateus. A entidade afirmou, ainda, que recorrerá da proibição às peças publicitárias na Justiça.
A propaganda seria veiculada nesta segunda-feira (13), e faz parte de uma campanha internacional. Anúncios que abordam o preconceito contra os ateus já foram divulgadas em Nova York (EUA) e Reino Unido.

Por Amanda Gigliotti|Repórter do Christian Post

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