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A história do carnaval começa no princípio da civilização, na origem dos rituais, nas celebrações da fertilidade e da colheita nas primeiras lavouras, às margens do Nilo, há seis mil anos atrás. Foram na intenção da deusa ísis, no Egito Antigo, as primeiras celebrações carnavalescas. Com a evolução da sociedade grega evoluíram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao deus dionísus com as celebrações dionisíacas. Na Roma antiga, bacanais saturnais (glórias ao deus saturno) e lupercais festejavam os deuses baco, saturno e pã.
A sociedade clássica acrescentou ainda uma função política de distenção social às celebrações, tolerando o espírito satírico, a crítica aos governos e governantes nos festejos. Esses festejos eram tão importantes para eles, que tribunais e escolas fechavam as portas durante o evento, e as pessoas saíam às ruas para dançar. A euforia era geral. Na abertura dessas festas ao deus saturno, carros buscando semelhança a navios saíam na "avenida", com homens e mulheres nus. Estes eram chamados os “carrum navalis”, daí surgiu a expressão “carnevale” que aportuguesada tornou-se “carnaval”.
No século XV o Papa Paulo II contribuiu para a “evolução” do carnaval, introduzindo o baile de máscaras quando permitiu que em frente ao seu palácio em Roma, se realizasse o carnaval romano. Como a Igreja proibira as manifestações sexuais no festejo, novas manifestações adquiriram forma: corridas, desfiles, fantasias, deboche e morbidez. Depois do Egito, o primeiro, do segundo em Grécia e Roma Antigas e do terceiro, no Renascimento Europeu, particularmente em Veneza, o carnaval encontrou no Rio de Janeiro / Brasil, o seu quarto centro, resgatando o espírito de baco e dionisus.
Hiram Araújo, estudioso do carnaval.
Extraído de www.artes.com/carnaval/historia.html
Extraído de www.artes.com/carnaval/historia.html
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