segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Organização diz que discriminação contra cristãos está aumentando na Europa

Tyler Ament
VIENA, Áustria, 17 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O assassinato de um bispo católico na Turquia, multas de 100.000 euros e exclusão de cargos públicos são apenas alguns dos atos de discriminação e intolerância contra os cristãos na Europa.
Uma organização de Viena acabou de publicar um relatório, que cita dezenas de casos de intolerância e discriminação contra os cristãos, e faz várias recomendações corretivas para os governos europeus e a União Europeia.
O relatório identifica a discriminação como interferência com os direitos fundamentais de uma pessoa à liberdade de expressão, liberdade de consciência e liberdade de religião. A intolerância é definida como exemplos em que cristãos ou expressões do Cristianismo são marginalizados, principalmente na vida pública.
O relatório conta o caso do líder dos bispos católicos da Turquia, Luigi Padovese, que foi morto a facadas, pelo próprio motorista, em seu lar. O governo espanhol multou um dono de televisão em 100.000 euros por veicular uma série de anúncios que favoreciam a família e se opunham aos estilos de vida homossexual. E o político italiano Rocco Buttiglione perdeu uma indicação para ser Comissário da UE por causa de ataques contra suas convicções católicas acerca da homossexualidade.
O relatório diz que no que se refere à discriminação é preciso criar leis que respeitem a liberdade de religião, expressão e consciência. Onde já existe discriminação legal contra os cristãos, a organização pede a preservação legal dos direitos fundamentais.
O relatório declara: “Não vemos a lei como sendo um instrumento de educação para que os que são desrespeitosos passem a ter boas maneiras”. Em vez de reivindicar que direitos especializados se tornem a lei literal, o relatório pede medidas políticas brandas como campanhas de conscientização para expor o fenômeno, e tratamento justo por parte dos meios de comunicação.
O relatório recomenda aos governos europeus que mostrem respeito total pelas liberdades fundamentais, reconhecimento e condenação a toda intolerância e discriminação contra os cristãos para garantir a plena participação deles na vida pública, e monitoração oficial e coleta de dados para garantir conscientização oficial. A União Europeia foi aconselhada a adotar medidas semelhantes e garantir que a autonomia das igrejas seja respeitada conforme se define no Tratado de Lisboa.
Durante sua visita recente ao Reino Unido, o Papa Bento 16 identificou a discriminação anticristã como uma questão séria para a Europa. “Tudo o que posso fazer é expressar minha preocupação com a crescente marginalização da religião, principalmente do Cristianismo, que está ocorrendo em alguns lugares, até em nações que colocam uma ênfase grande na tolerância. Há aqueles que querem defender que a voz da religião seja silenciada, ou pelo menos relegada à esfera puramente privada”, disse ele.
O Observatory on Intolerance and Discrimination Against Christians (Observatório sobre a Intolerância e Discriminação contra os Cristãos) publicou o relatório de cinco anos como um passo a frente para uma solução para o fenômeno crescente.
Mais de 200 casos estão registrados no relatório completo e no site do Observatory.
Este artigo foi reproduzido com permissão de www.c-fam.org
Traduzido por Julio Severo

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