A Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, da TJs, tinha entrado na Justiça contra o ex-fiel com a alegação de que o site divulgava “conteúdo difamatório e calunioso”, mas o dono do site divulgava documentos e citava textos de publicações da própria religião.
Entre eles uma matéria de outubro de 1921, publicada na revista ”A Idade de Ouro”, a religião TJs incitou os fiéis a usarem “seus direitos como cidadãos americanos para abolir para sempre a prática demoníaca das vacinas”.
A mesma revista afirmou em julho de 1929 que “[os negros] são uma raça de serviçais. Não há no mundo um serviçal tão bom quanto um bom serviçal de cor”.
E não era só isso. O site criado em 2004 para apresentar a religião de uma perspectiva crítica, divulgava muitos outros textos defendidos pela religião.
O dono do Índice TJ começou a ser pressionado em julho de 2010, quando recebeu uma petição da sede mundial da religião, em Nova York, e das filiais da Alemanha e Canadá para que desativasse o site. O que incomodou mais a TJs teria sido a divulgação de 200 cartas, algumas delas consideradas confidenciais.
A sentença pelo fechamento do site não é final, porque cabe recurso, mas o dono do site desistiu dos tribunais. Mas a maioria dos 800 artigos do Índice TJ continua na internet, agora no endereço http://www.indicetj.info/. Trata-se de um “espelho” (cópia) feito pela internauta que se identifica como “thegirl”.
No arquivo da “thegirl” há depoimentos extraídos da imprensa de pessoas que teriam sofrido as consequências dramáticas dos equívocos da religião, como o de um menino que ficou cego de um olho porque não pôde fazer transplante de córnea.
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