quarta-feira, 29 de junho de 2011

ÁSIA/MIANMAR - O Bispo ao povo kachin, no meio do conflito: "Confie em Deus, pequeno rebanho"

Myitkyina (Agência Fides) - A guerra não dá trégua no Estado de Kachin, no norte da Mianmar. Como a violência continua, fazendo forte pressão sobre a população civil, tem início, través da Caritas Mianmar (Karuna) a solidariedade para com a população da etnia kachin (um milhão de pessoas com uma grande maioria cristã).
Pedindo anonimato por razões de segurança, um sacerdote da diocese de Myitkyina (que abrange o território do Estado Kachin) conta à Fides a difícil situação em que vivem os fiéis. "A violência e os bombardeios continuam. O problema para os deslocados é abandonar as suas colheitas, pois isso significa fome, sofrimento, trabalho perdido e sacrifício de um ano. As igrejas estão abertas para o acolhimento, a Caritas se mobilizou e todas as dioceses estão organizando a ajuda para a diocese de Myitkyina, afetada pelo conflito. As notícias são fragmentárias, mas sabemos que os sofrimentos dos civis e pessoas deslocadas continuam aumentando, são mais de 10 mil. Tudo isso se torna mais difícil por causa da estação das chuvas". Atualmente, informa o sacerdote, há pelo menos 800 pessoas deslocadas acampadas em Myitkyina: 220 pessoas deslocadas na igreja católica de São José, 330 na igreja batista, e outros em templos budistas e nos povoados vizinhos.
Para alcançar os refugiados e os civis que se encontram nas áreas de conflito, isolados da comunicação, são as ondas da Rádio Veritas e da Radio Free Ásia. Rádio Veritas visa encorajar os deslocados e também informá-lo sobre os combates, por vezes convidando-os a deixar os territórios para sua segurança.
Conforme relatado pela Igreja local à Agência Fides, por Dom Francis Daw Tang, Bispo de Myitkyina, muito preocupado com a situação dos fiéis kachin, falou à Rádio Veritas lançando um apelo para as pessoas e dizendo: "Eu rezo para vocês, meu pequeno rebanho, e não o deixarei sozinho. A Igreja está pronta para ajudá-los, nossas igrejas e fiéis vão acolhê-los de braços abertos, para enxugar suas lágrimas e consolar a sua dor. Permanecei unidos, carreguem os pesos de cada um, o Senhor está próximo. Confiai nele, todos nós continuaremos a rezar pela paz".
Enquanto isso, no resto do Miamnar circulam notícias sobre o conflito em andamento no Norte. O jornal oficial do regime não fala ou quando o faz, dá a culpa da violência aos rebeldes kachin. A pressão internacional, no entanto, está aumentando: o governo dos EUA pediu o fim das hostilidades e uma investigação da ONU por violações de direitos humanos que ocorrem no conflito. (PA) (Agência Fides 27/6/2011)

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