Segundo a delegada de Polícia, Aline Martins Gonçalves, responsável pelo caso, os dois ‘homens’ brigavam por problemas com drogas quando Eliete teria ateado fogo em uma camiseta com um isqueiro. “Ele (Eliete) negou a principio que tenha colocado fogo no barraco, mas quando indaguei por que não tinha lesão nenhuma, ele não soube explicar”. Com a ajuda de um botijão de gás, Eliete conseguiu fazer com que o fogo atingisse seu companheiro.
Neste momento, moradores ouviram gritos e foram até o barraco, que estava trancado pelo lado de dentro, para ver o que estava acontecendo. “Uma das testemunhas mora na frente do barraco e ouviu o grito do Damião falando que estava pegando fogo. Os moradores então arrombaram a porta e o Fidelis, conhecido como Eliete, fugiu e entrou na viatura do Samu para se esquivar e não ser linchado”, disse a delegada. Os médicos, sem saber de quem se tratava, levaram o acusado para o Pronto Socorro (PS) da Barra Funda.
Já Damião morreu carbonizado. “Na hora que derrubou o barraco as chamas se alastraram, até porque existe muita fiação precária naquele local”, afirmou Aline. A vítima não conseguiu sair do barraco. Damião já tinha duas passagens pela polícia por roubo e duas por furto e havia saído da cadeia a pouco tempo. Após ser reconhecido, Eliete foi preso em flagrante pela polícia no próprio PS. De acordo com a delegada, ele vai responder por homicídio qualificado e incêndio doloso, quando se tem intenção.
Incêndio
Foram enviadas 18 viaturas para combater as chamas e, após o controle dos focos de incêndio, foi iniciado o trabalho de rescaldo.
Foram enviadas 18 viaturas para combater as chamas e, após o controle dos focos de incêndio, foi iniciado o trabalho de rescaldo.
A comunidade fica em um local de difícil acesso, entre as linhas usadas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As chamas destruíram 80 moradias e deixaram 300 pessoas desabrigadas em uma área de 2 mil m², segundo a Defesa Civil da cidade.
(Terra com adaptações)
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