Um projeto para incentivar o bom comportamento realizou um casamento coletivo no Presídio Feminino Santa Luzia.
A penitenciária fica em Maceió, capital de Alagoas. A celebração foi realizada por um pastor evangélico. Foi a primeira cerimônia de casamento promovida dentro do centro de detenção.
Seis casais receberam a benção religiosa, dentre eles, apenas dois noivos não estão no sistema prisional e participaram por causa de suas parceiras. Itens tradicionais de um casamento como buquês de rosas, salão de beleza, bolo gigante, convidados e tapete vermelho fizeram parte do evento. A benção religiosa foi celebrada pelo pastor evangélico Lenias Cavalcante.
“Foi uma grande surpresa ela ter me pedido em casamento. Sei que essa tempestade vai passar e vamos viver juntos e felizes de novo”, disse o noivo Domingos Rosendo, de 57 anos, ao G1. “Quando soube que poderia casar do jeito que sempre sonhei, não pensei duas vezes e pedi a mão do meu esposo em casamento. Realizei esse sonho, agora só falta sair daqui”, disse a noiva de Domingos, Eliane Nunes.
O objetivo é promover uma reeducação familiar. Participaram detentas que tem uma união estável e já eram casadas no civil, e não tiveram a oportunidade de uma benção religiosa, segundo explicou a responsável pelo centro de detenção. “Esse projeto tem o objetivo de incluir essas famílias no meio social. Foi feita uma seleção criteriosa e as presas que estão aqui apresentam bom comportamento”, falou Ludimila de Macedo, responsável pela penitenciária.
Os quesitos para escolha das presidiárias inclui respeito mútuo, organização das celas e dos módulos. O bom comportamento é avaliado diária e mensalmente. O projeto tem parcerias com empresas privas. “Nós estamos muito felizes em realizar esse sonho de cada reeducanda”, disse Alda Freire, proprietária que ofereceu os vestidos e trajes, ao canal local TNH1.
A festa contou ainda com um desfile de gala com 13 detentas que também apresentaram bom comportamento. O intuito é melhorar a autoestima delas.
O Presídio Santa Luzia é a única penitenciária feminina em Alagoas. As internas realizam diversas atividades no projeto Fábrica da Esperança: Pintura em tecido, filé, biscuit, corte e costura. Também está disponível atividades laborais e momentos de estudo, que incluem Informática Básica em parceria com o Sesi. As detentas também são incentivas com musicoterapia e hábito de leitura.
Fonte: The Christian Post
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