Na Europa, a igreja está sendo chamada a se levantar contra a Mutilação Genital Feminina (MGF) em suas comunidades, que tem sido um problema crescente no Reino Unido, de acordo com as novas estatísticas.
O procedimento remove parcialmente a genitália externa da mulher. O Centro de Informações de Assistência Social e Saúde identificou 578 novos casos em março, na Inglaterra. Cerca de 4 mil casos foram detectados no Reino Unido desde que os dados começaram a ser registrados, em setembro do ano passado. Sessenta destes casos envolvem menores de 18 anos.
"Esses dados destacam que a MGF é uma questão importante, que deve ser priorizada pelo governo do Reino Unido e também por outras vozes influentes, incluindo a de líderes religiosos que falem contra esta prática nociva", disse a Dra. Ann Marie Wilson, fundadora do grupo “28 Too Many”, que critica a prática regularmente em igrejas. “A MGF antecede o Islã e o Cristianismo. Embora não seja parte de qualquer religião, é praticada por cristãos e muçulmanos”.
"Os líderes da igreja e da fé podem ajudar de muitas maneiras e devem ajudar a aumentar a conscientização sobre a MGF nas suas comunidades. É importante que as pessoas saibam que a MGF é ilegal e deve ser interrompida. Ouvindo isso dos líderes da igreja, a mensagem se torna muito poderosa."
Wilson acrescentou que as igrejas podem alertar às crianças e jovens, e garantir os treinamento que informam a comunidade sobre a MGF. Na África, o procedimento tem sido tomado como parte do rito tradicional de passagem da infância para a vida adulta.
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