- Os juízes Horacio Piombo e Benjamín Sal Llargués afirmaram que o estupro do garoto não era ultrajante, pois o menino era homossexual e "estava acostumado a ser abusado?
A pena de um homem que abusou de um garoto de 6 anos na Argentina foi reduzida, passando de 6 para 3 anos, após juízes de uma câmara de Buenos Aires argumentarem que o abuso não era tão grave porque a vítima seria homossexual. As informações são do jornal A Tarde.
O crime ocorreu em 2010, quando o acusado, um vice-presidente de um clube de futebol chamado Club Florida, abusou do garoto, inclusive utilizando um galho de árvore. Na ocasião, o menino contou para a avó o ocorrido, que comprovou as lesões do neto e denunciou o caso à polícia.
Na decisão, os juízes Horacio Piombo e Benjamín Sal Llargués afirmaram que o crime não era ultrajante, pois "o menino estava acostumado a ser abusado". A decisão gerou revolta na Argentina. O ativista Esteban Pulon, presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans, se manifestou via Twitter, dizendo que recebeu a notícia da redução da pena com "estupor".
Diante da polêmica, uma corte suprema de Buenos Aires começou a revisar este e outros casos em que os juízes atuaram. Dessa forma, a corte passou a revisar outro caso em que Piombio e Llargués trabalharam juntos e decidiram diminuir a pena de um molestador: os juízes teriam abrandado a pena de um pastor que abusou de duas garotas de 14 e 16 anos, alegando que o crime não era tão grave, já que as garotas eram de comunidades pobres, onde, segundo eles, é "comum ter relações sexuais com idades baixas".
De acordo com reportagem da GloboNews, um conselho de magistratura de Bueno Aires está avaliando a eventual destituição dos juízes.
A Tarde / Gritos de Alerta
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