“... Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus”
Quando as pessoas comuns, assim como eu e você, observavam o comportamento dos escribas e fariseus, e depois comparavam com suas próprias vidas, lamentavam suas próprias misérias e percebiam que eram incapazes de se aproximar da grandeza dos “homens de Deus” daquela época.
Os escribas, por exemplo, passavam a vida ensinando e expondo a lei; eram as grandes autoridades sobre assuntos da lei de Deus. Eles dedicavam toda a sua vida ao estudo e à prática da lei. Mais que qualquer outro grupo de pessoas, eles podiam reivindicar a posição de estarem bem envolvidos na lei. Eles preparavam cópias da lei, exercendo o máximo cuidado nesse trabalho. A vida deles era gasta inteiramente em torno da lei, e, por esse motivo, todos lhes davam grande atenção. Então eram respeitados.
Os fariseus, igualmente, eram homens que tinham se notabilizado por sua pretensa piedade. Fariseu significa separado, que se separavam dos outros, em consagração a Deus. Eles criaram regras e regulamentos atinentes à vida e à conduta que, quanto à sua severidade, ultrapassavam a qualquer coisa ordenada pelas Escrituras do Antigo Testamento. Eles formularam um código extremamente severo de moral e conduta, por conta disso, o povo pensava que os escribas e os fariseus eram os grandes paradigmas da virtude.
O homem comum refletia consigo mesmo: “Ah! Não tenho a menor esperança de algum dia chegar a ser tão bom e santo quanto os escribas e fariseus!! São extraordinários; vivem apenas para serem santos e consagrados. Essa é a profissão deles, vivem somente para cumprir seu objetivo e alvo religioso, moral e espiritual”.
Porém, eis que Jesus aparece e anuncia aos seus ouvintes que a menos que a justiça de seus discípulos ultrapassasse, em muito, a dos escribas e fariseus, sob hipótese nenhuma poderiam entrar no reino dos céus!!!
Jesus rompeu os paradigmas da religiosidade da época, ou seja, rompeu com a medida pela qual as pessoas mensuravam a santidade e imaginavam o que, na verdade, agradaria a Deus. Não era pela aparência, mas numa vida cristã em profundidade. Daí a pergunta: Qual é o nosso conceito a respeito da santidade e da santificação? Que idéia, fazemos do homem religioso? Que pensamos sobre como deve ser um servo de Deus?
Nosso Senhor estabelece aqui a questão como um postulado, asseverando a retidão do crente – e mesmo do menor de todos os crentes – deve exceder a dos escribas e fariseus, deve exceder a religiosidade, a aparência, superar a falsidade.
Analisemos a nossa própria profissão de fé cristã, à luz dessa análise feita por Jesus Cristo. Jesus queria demonstrar quão vazio e oco era o ensino daqueles homens, para então poder apresentar ao povo a doutrina verdadeira.
Qual a religião praticada pelos fariseus a fim de detectarmos os seus defeitos e verificarmos o que ela exigia dos homens? A maneira de fazer isso é dedicar a estudar o quadro do fariseu e publicano que foram ao templo orar. Veja o fariseu (1) colocou-se de pé; (2) em lugar proeminente; (3) de onde se pôs a agradecer a Deus; (4) por não ser igual aos demais homens; (5) especialmente por não ser igual ao publicano. Em seguida, o fariseu (1) começou a alegar certas coisas sobre si mesmo; (2) não era extorsionário; (3) nem injusto; (4) nem adúltero; (5) muito menos era como aquele publicano.
Essas declarações concordavam com a realidade dos fatos. Eles tinham suas características modalidades de justiça externa: (a) jejuavam 2 vezes por semana; (b) pagavam a Deus e à Sua causa o dízimo de tudo quanto possuíam; (c) davam dízimo de tudo quanto tinham, incluindo suas ervas úteis, como a hortelã, o endro e o cominho; (d) além disso, eram altamente religiosos, extremamente meticulosos na observância de certos ritos e cerimônias religiosas.
Tudo isso era real no tocante aos fariseus. Eles não somente assim diziam, mas também agiam desse modo. Mas, a religiosidade deles provocava muita indignação no Senhor Jesus.
Em Mateus 23, temos suas tremendas denúncias contra os escribas e fariseus, denúncias vazadas na forma de “ais”; e ali veremos a essência mesma das acusações revelatórias de nosso Senhor contra aquela gente, bem como a essência da crítica justa que Ele fazia acerca de toda a atitude deles para com Deus e para com a religião. Foi em face de todas essas razões que Ele disse: “... se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”.
Precisamos de uma vida cristã em profundidade: rompendo paradigmas do senso comum! Precisamos nos superar com a ajuda do Senhor Jesus!! Devemos fugir da religiosidade, que demonstra apenas o exterior. Não podemos viver em função do sistema religioso e colocando as estruturas no centro de nossa fé, vidas e razões. Precisamos viver, de fato, o cristianismo que é o envolvimento pessoal com o Senhor; tendo como centro de tudo, o próprio Cristo.
Fonte - Valter Borges
Um comentário:
Caro irmão sua postagen é mui importante pois nos dias de hoje até os em meio aos evangelicos vemos a religiosidade se impor a fé ,muitos tem que aprender que fomos batizados em Jesus Cristo sepultado com ele e ressucitados para vivermos em novidade de vida para um dia estarmos com ele.visite e siga;http:levealuz.blogpost.com
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