Líderes religiosos estão condenando o ataque mortífero contra uma congregação Copta, que matou pelo menos 21 pessoas e deixou 90 feridos.
"Os Cristãos, Judeus e Muçulmanos em todo o mundo estão unidos por sua indignação e condenação deste ato desalmado," disse o Rev. Michael Kinnamon, secretário-geral do Conselho Nacional das Igrejas.
Ele expressou preocupação de que o bombardeio no Egito seria visto como apenas mais um conflito entre grupos religiosos.
"É simplesmente angustiante pensar que muitos ao redor do mundo vão confundir como um ataque de uma comunidade religiosa a outra," disse ele.
Uma explosão pouco depois da meia-noite de 01 de janeiro, durante culto de Ano Novo na Igreja Church of the Two Saints na cidade litorânea de Alexandria, no Egito.
As investigações conduzidas pelas autoridades egípcias pernamenecem sem conclusão quanto, a saber, se a explosão foi provocada por um suicida ou um carro-bomba. Até agora, 17 suspeitos foram detidos, mas a maioria foi libertada após interrogatório.
Possíveis ligações com Al-Qaeda também têm sido sugeridas, com uma ramificação da Al-Qaeda no Iraque tendo recentemente declarado guerra aos locais de Cristãos egípcios. A Igreja em Alexandria estava entre mais de uma dezena de Igrejas Coptas listadas em um site islâmico ligado a Al-Qaeda, segundo a CNN.
A lista apareceu no início do mês passado e pediu a explosão das Igrejas durante as comemorações do Natal, quando as Igrejas estão geralmente lotadas. As Igrejas Coptas celebram o Natal em 07 de janeiro.
O Conselho Judeu de Assuntos Públicos manifestou a solidariedade com a Igreja Copta.
"Sentimos a dor de ver o Ano Novo começar com tal ódio, fanatismo e completo desrespeito pela vida humana," disse o presidente JCPA Rabino Steve Gutow. "A segmentação de qualquer pessoa por causa de sua fé é um ataque a todas as pessoas de fé e de fato toda a humanidade. Os Cristãos coptas têm tido um lar tranquilo no Egito durante séculos. Sua dor é nossa dor."
O Imam Mohamed Magid, presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte, divulgou um comunicado na segunda-feira, chamando os bombardeios "absolutamente condenáveis."
Desde a explosão, os Cristãos coptas lançaram protestos de rua, alguns dos quais se tornaram violentos. A demonstração em curso já dura três dias, com manifestantes que expressam sua raiva antiga contra o governo Mubarak. Os Cristãos estão acusando o partido de não proteger a minoria copta contra a discriminação, uma vez que ganhou o poder em 1981, no país de maioria muçulmana.
O bombardeio de Ano Novo foi marcado como o ataque mais grave contra os coptas nos últimos tempos. Os Cristãos estão se recusando a tolerar que novos incidentes sejam ignorados e exigem uma resposta mais firme por parte do governo.
No início desta semana, o presidente egípcio, Hosni Mubarak, prometeu "cortar a mão do terrorismo."
O incidente segue uma série de ataques contra os coptas que antecederam o Ano Novo, apesar de vários apelos ao governo para a justiça.
Os Cristãos no Egito são responsáveis por oito a 12 por cento da população. Apesar de serem constantemente vítimas no seio da sociedade e pelo governo, apenas relatos recentes de violência contra os grupos minoritários ganharam atenção internacional.
Cristian Post
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