O Instituto Penal de Campo Grande (MS) (IPCG) realiza nesta sexta-feira (19), a partir das 14 horas, um casamento coletivo de internos. No total, sete reeducandos serão casados no civil e no religioso. A cerimônia religiosa será realizada no setor psicossocial do presídio com a celebração do pastor Marcos Ricci, da 1ª Igreja Batista.
Para o casamento civil, todos os procedimentos legais já foram encaminhados e será oficializado com a assinatura dos noivos. A cerimônia será aberta aos familiares dos noivos e cada casal terá direito a dois convidados. Após a cerimônia será realizada uma confraternização.
Conforme a assistente social do IPCG, Elza Souza Silva, o casamento coletivo é resultado de um projeto acadêmico realizado por uma estagiária de serviço social que conta com a parceria do pastor da 1ª Igreja Batista. “O pastor já realiza trabalhos como esse em outros locais como o Presídio de Trânsito e tem uma vasta experiência, já que conta com uma casa de apoio para os egressos”, explica.
Elza Souza Silva explica ainda que para a realização do casamento, o grupo de trabalho realizou no primeiro semestre uma triagem com entrevistas com os internos para verificar a vontade de legalizar a união. “Verificamos se realmente havia um histórico de união estável”, informa. Todas as despesas com a documentação foram custeadas pelos noivos.
A iniciativa segundo a assistente social do IPCG tem como objetivo “a valorização dos laços familiares e da segurança afetiva, importantes ferramentas no incentivo à autoestima e à ressocialização”. Ela ressalta ainda que a instituição familiar traz um sentimento diferente para os casais. “É a valorização da pessoa que com a situação legalizada têm um sentimento de bem estar”, completa.
Na semana passada, os reeducandos participaram de uma palestra na unidade penal com o pastor Marcos Ricci sobre a valorização da família, valores éticos e morais e a importância do sacramento do matrimônio. O mesmo também foi feito com as esposas.
Para o diretor do IPCG, Tarley Candido Barbosa, o casamento coletivo é um dos resultados de um trabalho que vem sendo realizado na unidade penal e que tem três pilares para a ressocialização dos reeducandos. “Aqui temos o trabalho para os internos, a educação que é exemplo para o país e a religião, onde montamos um grupo de trabalho que junto com os setores de serviço social e psicologia orientam os reeducandos. Com certeza é um meio de integração da família e que diminui riscos de reincidência”, avalia.
Fonte: MidiaMaxNews / Gospel+
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