sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

eguidores de Ouattara falam em 745 mortos na Costa do Marfim

Soldados da ONU tentam apaziguar o conflito pós-eleitoral entre Ouattara e Gbagbo, que se recusa a deixar o poder. Foto: Reuters Soldados da ONU tentam apaziguar o conflito pós-eleitoral entre Ouattara e Gbagbo, que se recusa a deixar o poder
Foto: Reuters
Os seguidores de Alassane Ouattara, reconhecido como presidente eleito da Costa do Marfim pela comunidade internacional, afirmaram nesta sexta-feira que 745 pessoas morreram desde o início do conflito pós-eleitoral no país, decorrente da recusa de Laurent Gbagbo de deixar o poder. Em uma nota enviada nesta sexta-feira, o grupo RHDP, que apoia Ouattara, declarou que, além dos mortos, há mais de mil pessoas feridas e o número de desaparecidos é muito elevado.
Guillaume Soro, líder das Forças Novas e primeiro-ministro escolhido por Ouattara, acusou milicianos e mercenários liberianos ligados a Gbagbo de serem responsáveis pelas ações e pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que envie uma missão à Costa do Marfim para investigar as "violações massivas dos direitos humanos". Soro também pediu à comunidade internacional que, caso seja necessário, utilize a força para expulsar Gbagbo, que tem o apoio das Forças Armadas do país.
O relatório do RHDP foi emitido depois que o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou por unanimidade nesta quinta-feira uma resolução que condena as violações aos direitos humanos na Costa do Marfim. A resolução, apresentada pela Nigéria em nome do grupo africano, "condena firmemente as violações dos direitos humanos ocorridas na Costa do Marfim, incluindo sequestros, desaparecimentos, prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais, atos de violência sexual e a proibição do direito de reunião".
Em Abidjan, o julgamento anunciado para esta sexta-feira de mais de 400 apoiadores de Ouattara, presos no dia 16 de dezembro quando protestavam em direção à emissora estatal RTI para ajudar na instalação do novo diretor designado por Soro, foi adiado até a próxima quarta-feira. Desde esta quinta-feira, a RTI, o principal veículo de propaganda de Gbagbo, perdeu o sinal em diversas regiões de Abidjan, o que, somado à perda do crédito financeiro, deixou o líder, que após dez anos na Presidência almeja governar por outros cinco, muito prejudicado em sua capacidade de ação.
Nas manifestações de 16 de dezembro a favor de Ouattara, pelo menos 32 pessoas foram mortas por disparos das forças de segurança leais a Gbagbo, segundo a versão do presidente considerado vitorioso pela comunidade internacional.
EFE
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