Os países chegaram ao acordo após uma conversa por telefone entre os presidentes Barack Obama e Lee Myung-bak, informou a agência local "Yonhap".
As manobras serão realizadas durante quatro dias no Mar Amarelo e contarão com a participação do porta-aviões nuclear americano "George Washington", segundoNa conversa telefônica, Obama transmitiu a Lee sua contundente condenação ao ataque norte-coreano, que deixou quatro sul-coreanos mortos e 18 pessoas feridas, sendo três civis.
Os militares americanos em Seul disseram que as manobras já foram informadas à China, que no passado criticou os exercícios militares de EUA e Coreia do Sul nesta tensa zona marítima, próxima à costa chinesa.
As forças americanas também planejam enviar pelo menos quatro navios de guerra para as operações militares, que segundo o Ministério de Defesa sul-coreano são de caráter "dissuasivo" e defensivo frente a Coreia do Norte.
Manifestante pisa sobre imagem do líder norte-coreano Kim Jong-il, em manifestação frente ao prédio do Ministério da Defesa, em Seul, na Coreia do Sul, em protesto pelo ataque norte-coreano ao território sul-coreano. (Foto: Wally Santana / AP Photo)
As manobras já estavam previstas antes do "ataque não provocado" da artilharia norte-coreana, afirma um comunicado das tropas americanas presentes na Coreia do Sul.
O texto destaca ainda o compromisso dos dois países com a "estabilidade regional através da dissuasão".
O ministério sul-coreano da Defesa afirmou que as manobras "defensivas" pretendem aumentar o poder de dissuasão contra a Coreia do Norte.
Os presidentes Obama e Myung-bak concordaram na terça-feira em "elevar o nível de preparação" e com a realização de manobras militares conjuntas nos "próximos dias", anunciou a Casa Branca.
Os dois governantes destacaram os exercícios militares como um prosseguimento da "estreita cooperação em termos de segurança entre nossos dois países e para destacar a força de nossa aliança e nosso compromisso com a paz e a segurança na região", afirma um comunicado da presidência americana.
Obama também garantiu ao colega sul-coreano que Washington está ao lado do aliado após o bombardeio de terça-feira.
O presidente sul-coreano também manteve nesta quarta-feira uma conversa telefônica com o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, com quem reforçou o compromisso de seguir trabalhando para alcançar a estabilidade na península coreana, informou a agência local "Kyodo".
Kan manifestou que a comunidade internacional deve solicitar à China, principal aliado da Coreia do Norte, que contribua para diminuir a tensão na península coreana, antes de classificar o ataque de "intolerável", fruto de uma "barbárie".
"Apoio o governo da Coreia do Sul. Vamos tomar medidas junto com a Coreia do Sul e os Estados Unidos, e vamos conter as ações da Coreia do Norte junto com a China", indicou o primeiro-ministro japonês.
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