quarta-feira, 17 de novembro de 2010

BISPO DE MOSSUL PEDE AÇÕES CONCRETAS EM FAVOR DOS CRISTÃOS

O Arcebispo sírio-católico de Mossul, Dom Georges Casmoussa, pediu que sejam colocadas em marcha ações concretas para proteger aos cristãos no Iraque depois do massacre de 31 de outubro, que deixou 58 paroquianos mortos na Catedral sírio-católica de Bagdá. Conversando com a agência ACI Prensa, o Arcebispo explicou que os cristãos vivem momentos de grande tensão e se sentem “como reféns do medo em todos os instantes”. “Bagdá não está longe de Mossul. E o que ocorreu em Bagdá no domingo, 31 de outubro, e nos dias seguintes, afetou com certeza a psicologia dos cristãos”, assinalou o Arcebispo.

Dom Casmoussa destacou ainda que a violência anti-cristã tem sua raiz na debilidade do governo iraquiano, na falta de uma autoridade firme e nas constantes discórdias dos políticos que não são capazes de enfrentar, através de uma "ação direta, o ramo extremista do movimento islâmico ligado a Al Qaeda”.

O Arcebispo pediu à comunidade internacional, através das Nações Unidas, que “denuncie essa negação dos direitos do homem, das minorias, dos cristãos iraquianos que estão pagando por outros. O Iraque é nossa terra, nossa história, nossa cultura, nossa Igreja”.

É necessário, explicou o prelado, que este grave problema da perseguição religiosa seja tratado em “instâncias internacionais para fazer pressão sobre o governo iraquiano, e que os Estados que têm contratos com o Iraque, não vejam apenas a satisfação de seus interesses econômicos, mas também a salvaguarda dos direitos do homem”.

Dom Casmoussa disse que os cristãos estão cansados de declarações a seu favor e o que desejam “são ações concretas” e “meios eficazes para proteger sua segurança: leis, direitos, talvez uma autogestão geográfica autônoma (como um departamento) com garantias internacionais, orçamento e infra-estrutura, sobretudo, a garantia da segurança, como ocorreu com o Kurdistão”, acrescentou.

Ao ser perguntado sobre as declarações do Arcebispo ortodoxo, Athanasios Dawood, que, desde a Grã-Bretanha disse que os cristãos devem sair do Iraque, Dom Casmoussa precisou que a solução não é essa e “os cristãos não devem em nenhum caso desanimar nem sair do país”. (SP)

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