quinta-feira, 3 de março de 2011

Igreja Católica propõe indenização de R$ 11.500 às vítimas de pedofilia na Alemanha

Igreja Católica propõe indenização de  R$ 
11.500 às vítimas de pedofilia na Alemanha

Mesa-redonda entre Estado e Igreja discute mais de 150 casos de abusos sexuais
A Igreja Católica alemã propôs nesta quarta-feira (2) indenizar com o equivalente a R$ 11.500 (5.000 euros) cada um dos menores de idade que foram vítimas de abusos sexuais em sua rede de orfanatos entre 1950 e 1960.

A Conferência Episcopal Alemã indicou também em comunicado que estaria disposta a cobrir os custos extras dos tratamentos psicológicos e de assessoria matrimonial de alguns casos especiais.

O anúncio aconteceu durante o primeiro dia de discussões da mesa-redonda sobre a situação dos orfanatos no país. Também participam da reunião os representantes de três ministérios do governo alemão, as igrejas católicas e evangélicas e ONGs.

A comissária do governo alemão para os casos de pedofilia, Christine Bergmann, anunciou, em entrevista publicada nesta quarta, seu desejo de ampliar as indenizações às vítimas de abuso em instituições religiosas e públicas.

Bergmann disse que deve propor um acordo único para os casos nos quais os delitos podem ter prescrito na Justiça.

Comissária se baseou em casos na Irlanda

Insatisfeita com a proposta católica, a comissária alemã assegurou ter estudado as soluções estabelecidas por outros seis países que julgaram casos semelhantes de abusos, e tomou como média as indenizações concedidas na Irlanda.

Naquele país, o fundo conjunto da Igreja Católica e do Estado compensou com R$ 149 mil (65 mil euros) cada uma das vítimas de abuso sexuais cometidos por padres e outros membros da igreja.


A mesa-redonda para tratar os casos de abusos sexuais a menores foi instituída pelo governo federal alemão em setembro do ano passado, após o escândalo sobre casos de pedofilia protagonizados por religiosos católicos no orfanato Canisius de Berlim, capital do país.

O escândalo ganhou força depois da publicação de uma carta do próprio reitor do orfanato, Peter Klaus Mertes, na qual pediu desculpa às vítimas e rompeu o silêncio de décadas.

A justiça alemã ainda pesquisa casos similares em Hamburgo, Bonn e outras cidades. Segundo o relatório apresentado na reunião, mais de 150 vítimas de abuso sexual apresentaram suas histórias nos últimos meses.


Fonte: R7

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