quinta-feira, 3 de março de 2011

Líderes Cristãos Condenam Assassinato de Bhatti, Lamentam a Perda

Líderes Cristãos têm condenado o assassinato brutal do ministro de Assuntos Minoritários Shahbaz Bhatti.
Bhatti, o primeiro cristão a ser um membro do Gabinete do Presidente do Paquistão, foi morto a tiros nesta manhã de quarta-feira, tempo local.
“Foi com grande choque e tristeza que ouvimos do assassinato de Mr. Shahbaz Bhatti,” disse o Arcebispo de Canterbury e de York, Dr. Rowan Williams e John Sentamu.
“Essa instância adicional de intolerância sectária e violência irá aumentar a ansiedade sobre a segurança dos Cristãos e outras minorias religiosas no Paquistão, e nós urgimos que o Governo do Paquistão faça tudo em seu poder para trazer justiça àqueles culpados por tais crimes e dar proteção adequada para as minorias.”
Bhatti foi morto a tiros em seu carro depois de deixar a residência dos seus pais em Islamabad. Uma testemunha disse ao Reuters que enquanto ele estava deixando a garagem, uma Toyota Marin branca veio por outro lado. Dois homens saíram e atiraram contra o banco traseiro, onde Bhatti estava sentado, e então moveram-se para frente e continaram atirando.
Panfletos no local, assinados por dois grupos militantes islâmicos – al-Qaida e o Talibã Paquistanês do Punjab – descreveu Bhatti como um “infiel” e advertiu outros que se oponham às leis de blasfêmia do país que o mesmo destino os aguarda.
O Dr. Geoff Tunnicliffe, diretor internacional da Aliança Evangélica Mundial, achou difícil expressar em palavras sua resposta ao assassinato, especialmente como ele veio, justamente um dia depois que ele recebeu um email otimista de Bhatti.
“Shahbaz Bhatti se tornou um bom amigo e foi um grande herói da fé,” disse ele em um email aos seus colegas.
Bhatti, um Católico Romano, falou contra as leis de blasfêmia, as quais ele diz que foram sendo abusivas na perseguição das minorias religiosas, incluindo a pequena população de Cristãos. Ele estava buscando a reforma, especificamente uma emenda, de maneira que a lei não fosse usada “como uma ferramenta de vitimização,” como ele disse a France 24 no início deste ano.
Ele também defendeu uma mãe cristã, Asia Bibi, depois que ela foi condenada à morte em Novembro por insultar o profeta Muhammad.
Suas posições enfureceram os extremistas que emitiram ameaças de morte contra ele.
Embora ciente das ameaças e que ele foi o alvo No. 1 do Talibã depois de Salman Taseer, Bhatti esteve comprometido em defender as minorias religiosas e os direitos humanos.
Bhatti é a segunda figura de alto perfil que tem chamado para reforma a ser morto este ano. Taseer, o governador da província do Paquistão, que denunciou as leis de blasfêmia e promoveu tolerância, foi morto a tiros em Janeiro.
O senador dos Estados Unidos John Kerry (D-Mass.) chamou o último assassinato “particularmente decepcionante,” vindo logo depois da morte de Taseer.
Ele elogiou Bhatti como um “bravo defensor de todas as religiões do Paquistão e etnias minoritárias.”
“Sua morte é uma perda para o país e sua família,” disse ele.
O Vaticano, enquanto isso, disse que o assassinato reforça pelo que o Papa Bento XVI tem sido chamado - a necessidade de proteger os Cristãos contra a violência.
“O assassinato de ... Bhatti ... é outro episódio terrível de violência. Isso mostra quão correto o Papa é em sua persistentes observações sobre a violência contra os Cristãos e contra a liberdade religiosa em geral,” afirmou o Vaticano.
“Nossas orações pela vítima, nossa condenação a este ato de violência, nossa proximidade aos Cristãos Paquistaneses que sofrem ódio, estão acompanhados por um apelo que todos se tornem conscientes da importância urgente de defender ambas a liberdade de religião e Cristãos que estão sujeitos à violência e perseguição.”

Cristian Post

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