Sílvio Guedes Crespo
Sul-coreanas leem edição extra de jornal sobre os ataques (foto: Ahn Young-joon/AP)
Enquanto os governos da Coreia do Norte e do Sul se acusam mutuamente de ter iniciado um ataque nesta terça-feira, 23, que resultou na morte de ao menos dois militares sul-coreanos, Seul tenta acalmar investidores internacionais – sem sucesso, por enquanto.
No Brasil, a Bolsa de Valores de Sâo Paulo registrava baixa de 2,41%. O dólar subia 0,56%, a R$ 1,738 na venda.
O ministro das Finanças da Coreia do Sul, Yoon Jeung-hyun, disse que, apesar de o conflito poder aumentar a volatilidade no mercado financeiro e particularmente no câmbio no curto prazo, “as condições devem se estabilizar rapidamente”, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O número 1 da área econômica da Coreia do Sul acredita que a disputa entre os dois países terá pouco impacto econômico na região.
Mesmo assim, investidores buscam refúgio na moeda mundial, o dólar, e no ouro. O site do jornal britânico “Financial Times” informa que, após os ataques entre as Coreias, houve uma onda de vendas de ativos de risco nos mercados globais.
“Nós estamos em uma época de crescimento econômico muito frágil. Quando se tem essas outras questões – a crise das dívidas soberanas na Europa, preocupações sobre o crescimento chinês, agitação geopolítica na Coreia do Norte e um escândalo relacionado a uso de informação privilegiada – mina-se a confiança [dos investidores na economia]. Tudo isso está ofuscando os dados econômicos divulgados nos Estados Unidos”, afirmou à agência Bloomberg o analista Matthew Kaufler, da Federated Investors, que administra US$ 341,3 bilhões.
Na Ásia, a bolsa de Seul caiu apenas 0,8%, porque fechou antes da notícia dos disparos. Xangai desceu 1,9%, e Hong Kong, 2,7%. Por volta das 14h30 (de Brasília), a bolsa de Londres caía 1,36%, a de Paris, 2,47%, e a de Frankfurt, 1,44%. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones recuava 1,63%, enquanto o Nasdaq caía 1,82%.
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