“A filosofia dele é que precisamos ter a maior quantidade de felicidade para o maior número de pessoas. Ele rejeita a ideia básica de que ao cuidarmos uns dos outros nós realmente vivemos e encontramos nossa felicidade. É claro que ele não aceita que haja um valor intrínseco à vida humana”.
Singer argumenta, por exemplo, que o aborto é moralmente permissível porque temos de pesar as preferências da mulher contra as preferências da criança em gestação, que não tem a plena capacidade para sofrer e sentir satisfação.
“Um bebê não tem valor moral, porque ele não tem consciência de si mesmo”, Singer disse para uma importante conferência sobre o aborto onde ele foi um dos organizadores no mês passado.
Singer apontou para o fato de que a promoção que ele faz do infanticídio tem total coerência com seu apoio ao aborto. “Um ponto em que concordo com os opositores do aborto é que, a partir do ponto de vista da ética e não da lei, não há uma diferença acentuada entre o feto e o bebê recém-nascido”, ele disse para o jornal Independent da Inglaterra em 2006.
Uma de suas obras mais importantes, Animal Liberation (Liberação dos Animais, publicada em 1975), o lançou num papel de liderança no movimento dos “direitos” dos animais. Ele argumenta, por exemplo, que animais que têm elevada consciência são mais dignos de respeito do que alguns seres humanos que têm funcionamento deficiente.
Schadenberg disse que sua preocupação maior com Singer é que as opiniões ultrarradicais dele estão fazendo com que outros radicais pareçam mais moderados. “O que ele diz parece para a maioria das pessoas ser absurdo, mas se você compreender para onde a bioética está indo hoje, o que ele tem feito é que ele tem reduzido os limites”, disse Schadenberg.
“Será que as pessoas estão aceitando essa filosofia sem realmente de forma objetiva pensar seriamente nisso?”, perguntou ele.
Fonte: Notícias Pro Familia / Gospel+
Traduzido por Julio Severo
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