No comunicado, divulgado no início da tarde, a Santa Casa disse que foram instauradas, “em caráter imediato”, sindicâncias internas para a apuração dos fatos e afirmou estar solidária com a família da adolescente. Os profissionais envolvidos no atendimento da paciente “permanecem afastados até a conclusão das apurações”.
“Isso é inadmissível, 50ml de inoculação endovenosa gota a gota representa em torno de 15 a 20 minutos de infusão ou mais. Um profissional capacitado, qualificado, bem preparado, supervisionado por um profissional enfermeiro, não proporcionaria esse erro em hipótese alguma”, afirmou Porto nesta segunda-feira (6).
O relatório de óbito da Santa Casa atesta que Stephanie teve convulsões. Os médicos disseram que ela recebeu 50ml de vaselina na veia. Uma mulher, que não quis ser identificada disse que ouviu uma conversa das enfermeiras no hospital São Luiz Gonzaga. “Falaram que tinham aplicado medicamento oleoso na menina. Falaram também nas consequências para a enfermeira, que seria afastada e falaram sobre a família, que não poderia ficar sabendo disso.”
O caso está sendo tratado pela polícia como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No fim de semana foram ouvidos médicos, enfermeiros e funcionários do hospital. Dois médicos ainda devem prestar depoimento.
O inquérito está no 73º DP (Jaçanã) e os novos depoimentos devem ocorrer entre terça (7) e quarta (8). A polícia aguarda o laudo conclusivo do Instituto Médico-Legal (IML), que deve sair entre 15 e 30 dias, e informar a causa da morte da garota.
Em choque
Roseana Mércia dos Santos Teixeira, mãe de Stephanie, está sob efeito de calmantes desde a morte da menina, segundo informações de familiares. Por causa do estado emocional, foi o pai da adolescente, o operador de máquinas Rogério Oliveira Teixeira, que registrou o boletim de ocorrência. “Ela não tem condições de falar, está sob efeito de remédios, tomando calmantes”, contou na manhã desta segunda Ivani Oliveira Teixeira, tia de Stephanie.
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