Hospitais superlotados com sobreviventes
Pacientes com fraturas expostas, cortes e queimaduras de explosões são internados até nos corredores. Hemorio faz apelo por sangue para as vítimas da Região Serrana
Rio - Referência para a Região Serrana, o Hospital das Clínicas de Teresópolis está superlotado com sobreviventes da tragédia que atinge a região. A unidade, que costuma receber média de 50 pacientes por dia, tinha atendido mais de 155 da manhã à noite de ontem. Como não havia leitos para todos, vários pacientes tiveram que ser internados nos corredores. Ontem, o Hemorio fez um apelo por doadores de sangue para vítimas da tragédia.
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A situação foi agravada porque algumas unidades, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis e o Hemocentro da cidade, amanheceram sem energia e ficam em regiões ilhadas. O único hemocentro de Friburgo também não funcionou porque não se conseguia chegar no local. “Estamos fazendo um apelo para que os moradores do Rio venham ao Hemorio doar sangue, que será enviado para Friburgo e Teresópolis”, diz Esther Lopes, coordenadora do Hemorio.
Em Nova Friburgo, parte da farmácia, da lavanderia e da Pediatria do Hospital São Lucas foram soterradas, prejudicando o atendimento. No Hospital Municipal Raul Sertã, na mesma cidade, parte do prédio foi invadida pela água e lama.
Risco de leptospirose e hepatite
Moradores de áreas atingidas pelas enchentes devem ter cuidados para evitar doenças como leptospirose, hepatite A e diarreias. O Ministério da Saúde alertou ontem sobre a importância de só se consumir água fervida e filtrada.
Os alimentos que tiveram contato com água infectada não devem ser consumidos. O industrializados que estiverem em embalagens resistentes, intactas e lacradas — e que não sejam de plástico ou papelão — devem ser higienizados com uma solução de duas colheres de água sanitária para cada litro de água.
Pessoas que precisarem fazer limpeza das casas atingidas pela enchente devem usar botas e luvas para evitar o risco de contaminação por leptospirose.
Sete vezes mais água
Em menos de 24 horas, a quantidade de chuva que atingiu Friburgo foi quase sete vezes maior do que o normal para um dia. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na madrugada de terça-feira, até quarta-feira, o acúmulo de chuva em Nova Friburgo chegou a 201 mm. O normal é entre 30 e 60 mm por dia, segundo o instituto.
Na Região Serrana, a média histórica é 250 a 300 milímetros de água em janeiro. Somente na terça-feira, foram registrados 200 milímetros de chuva na região. O excesso de água na Serra não foi uma surpresa: o Inmet fez um alerta, terça-feira, sobre a possibilidade de chuvas fortes ontem nas três maiores cidades. O Climatempo alertou, segunda-feira, sobre a possibilidade de fortes chuvas no estado.
Segundo o Climatempo, o temporal que atingiu a região foi causado pelo tempo quente do fim de semana e pela umidade vinda do interior do País. Segundo o meteorologista do Climatempo Marcelo Pinheiro, a frente fria está estacionada em todo o Rio e pode provocar mais tempestades em localidades próximas às regiões já atingidas nos próximos dias.
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No Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, parte do prédio foi invadida por água, lama e lixo | Foto: Marino Azevedo / Agência O Dia
“Muitas pessoas chegaram graves com fraturas expostas e até queimados por botijões que explodiram durante desabamentos. Somos a única Emergência de portas abertas na cidade e não temos como recusar pacientes. No início da manhã, principalmente, as pessoas chegaram trazidas por parentes do jeito que podiam, até em estrados de camas. Um desespero”, contou a diretora-geral do hospital, Rosane Costa.>> FOTOGALERIA: Nova Friburgo sofre com as chuvas. Bombeiros e moradores tentam resgatar vítimas
A situação foi agravada porque algumas unidades, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis e o Hemocentro da cidade, amanheceram sem energia e ficam em regiões ilhadas. O único hemocentro de Friburgo também não funcionou porque não se conseguia chegar no local. “Estamos fazendo um apelo para que os moradores do Rio venham ao Hemorio doar sangue, que será enviado para Friburgo e Teresópolis”, diz Esther Lopes, coordenadora do Hemorio.
Foto: Roberto Ferreira / Agência O Dia
Segundo Rosane, os cinco leitos de CTI do Hospital das Clínicas estão ocupados e doentes já começaram a ser transferidos para hospitais até do Rio. “Geralmente temos 11 médicos de plantão, mas pela manhã já tínhamos mais de 30. Os que não estavam de plantão e até os que estavam de férias vieram para ajudar no socorro”.Em Nova Friburgo, parte da farmácia, da lavanderia e da Pediatria do Hospital São Lucas foram soterradas, prejudicando o atendimento. No Hospital Municipal Raul Sertã, na mesma cidade, parte do prédio foi invadida pela água e lama.
Risco de leptospirose e hepatite
Moradores de áreas atingidas pelas enchentes devem ter cuidados para evitar doenças como leptospirose, hepatite A e diarreias. O Ministério da Saúde alertou ontem sobre a importância de só se consumir água fervida e filtrada.
Os alimentos que tiveram contato com água infectada não devem ser consumidos. O industrializados que estiverem em embalagens resistentes, intactas e lacradas — e que não sejam de plástico ou papelão — devem ser higienizados com uma solução de duas colheres de água sanitária para cada litro de água.
Pessoas que precisarem fazer limpeza das casas atingidas pela enchente devem usar botas e luvas para evitar o risco de contaminação por leptospirose.
Sete vezes mais água
Em menos de 24 horas, a quantidade de chuva que atingiu Friburgo foi quase sete vezes maior do que o normal para um dia. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na madrugada de terça-feira, até quarta-feira, o acúmulo de chuva em Nova Friburgo chegou a 201 mm. O normal é entre 30 e 60 mm por dia, segundo o instituto.
Na Região Serrana, a média histórica é 250 a 300 milímetros de água em janeiro. Somente na terça-feira, foram registrados 200 milímetros de chuva na região. O excesso de água na Serra não foi uma surpresa: o Inmet fez um alerta, terça-feira, sobre a possibilidade de chuvas fortes ontem nas três maiores cidades. O Climatempo alertou, segunda-feira, sobre a possibilidade de fortes chuvas no estado.
Segundo o Climatempo, o temporal que atingiu a região foi causado pelo tempo quente do fim de semana e pela umidade vinda do interior do País. Segundo o meteorologista do Climatempo Marcelo Pinheiro, a frente fria está estacionada em todo o Rio e pode provocar mais tempestades em localidades próximas às regiões já atingidas nos próximos dias.
Participaram desta cobertura Aurélio Gimenez, Christina Nascimento, Diego Barreto, Fernanda Alves, Isabel Boechat, Mahomed Saigg, Marcos Galvão, Maria Luisa Barros, Maria Mazzei, Pâmela Oliveira, Paula Sarapu, Thiago Feres e Vania Cunha.
Fonte O Dia On Line
Um comentário:
E tao triste o que estao passando estas familias que Deus de forças para esta gente que tanto sofre estou muito triste e pesso a Deus que abençoe todos. aqui em grajau ma.
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