Wilton Junior/AE
Troca. Parceria benéfica também para as Forças Armadas
O relato do encontro entre o grupo foi feito ao Estado por Pezão. Das três horas de reunião, duas foram ocupadas pela parceria. "Nós não queremos cargos nem ministério. Queremos ajuda das Forças Armadas na segurança pública e para fazer obras dentro das favelas", disse Pezão.
Segundo o vice-governador, o modelo de parceria entre Exército e polícia deve nortear a política de segurança pública da presidente eleita, que vai suceder dois mandatos presidenciais duramente criticados pela omissão no setor. "Dilma se mostrou entusiasmada em poder colocar tanto homens quanto equipamentos à disposição. Quando assumiu, o governador Sérgio Cabral disse que até o fim do mandato iria entregar todos os territórios livres de milícias e do tráfico. Esse objetivo se torna mais concreto com a parceria que nos foi oferecida", afirmou Pezão.
Veja também:
Na avaliação do vice-governador, a parceria será benéfica também para as Forças Armadas. "Sempre se ouve aquela crítica: "Estão (os militares) ajudando no Haiti, por que não ajudam o Rio de Janeiro e o Brasil?" Isso vai mudar depois da experiência que tivemos aqui", diz. O governador Sérgio Cabral ainda participa hoje de reunião com o comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, para discutir os rumos da operação.
Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou ontem que as Forças Armadas continuarão combatendo o tráfico de drogas no Rio por tempo indeterminado. Em entrevista após visita às obras da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Estado do Maranhão, ele ressaltou que o governo federal está determinado a ajudar o Estado a resolver o problema da criminalidade. "(As tropas) vão ficar o tempo que for necessário para garantirmos a paz", disse.
Lula ressaltou a importância da parceria dos governos federal e estadual para as ações contra o tráfico. E observou que o governo federal só pode enviar tropas após pedido formal do governador, como prevê a Constituição. "Eu fiquei feliz por o Sérgio Cabral ter pedido apoio. Nós não podemos interferir. Ele teve sensibilidade, humildade e competência de pedir o apoio e prontamente atendemos", disse.
Lula observou ainda que foi no seu governo que as Forças Armadas passaram a atuar com poder de polícia na vigilância das fronteiras. "Agora, conseguimos que façam o controle das fronteiras." O presidente também destacou que o governo estuda a compra de aviões de Israel para o patrulhamento e o combate ao crime organizado. "Vamos controlar melhor nossas fronteiras", prometeu. / COLABOROU LEONÊNCIO NOSSA
Nenhum comentário:
Postar um comentário