quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os nossos pertences na hora da morte


Um homem morreu intempestivamente.

Ao dar-se conta viu que se aproximava um ser muito especial que não se parecia com nenhum ser humano. 
Levava uma maleta consigo e lhe disse: 

- Bem, amigo, é hora de irmos. Sou a morte.

O homem, assombrado, perguntou à morte:
- Já? Tinha muitos planos para breve.
- Sinto muito, amigo. Mas é o momento da tua partida.

- Que trazes nessa maleta?
E a morte lhe respondeu:
- Os teus pertences.

- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas, o meu dinheiro? 
- Não, amigo, as coisas materiais que tinhas, nunca te pertenceram. Eram da terra.

- Trazes as minhas recordações?
- Não amigo, essas já não vêm contigo. Nunca te pertenceram. Eram do tempo.

- Trazes os meus talentos?
- Não amigo, esses nunca te pertenceram. Eram das circunstâncias.

- Trazes os meus amigos, os meus  familiares?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do caminho.

- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do coração.

- Trazes o meu corpo?
- Não amigo, esse nunca te pertenceram. São propriedade da terra.

- Então, trazes a minha alma?
- Não, amigo, ela nunca te pertenceu. Era do Universo.

Então o homem, cheio de medo, arrebatou à morte a maleta e abriu-a e deu-se conta de que estava vazia. Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos, o homem disse à morte:

- Nunca tive nada?

- Tiveste, sim, meu amigo.Cada um dos momentos que viveste foram só teus. A vida é só um momento. Um momento todo teu. 

Desfruta-o na sua totalidade. Vive o AGORA, Vive  a TUA  VIDA E não te esqueças de SER FELIZ. 

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