Um clérigo muçulmano paquistanês de linha-dura, pró-Taliban, ofereceu nesta sexta-feira (3) um prêmio a quem matar uma mulher cristã sentenciada à morte por um tribunal pela acusação de ter insultado o Islã.
Maulana Yousef Qureshi, o imã de uma grande mesquita na cidade de Peshawar, no noroeste do país, ofereceu uma recompensa de US$ 5.800 e aconselhou o governo a evitar qualquer tentativa de modificar ou abolir a lei contra a blasfêmia.
'Resistiremos fortemente a qualquer tentativa de revogar leis que garantem a proteção da santidade do Santo Profeta Maomé', disse Qureshi a uma multidão de islâmicos radicais.
'Quem matar Asia receberá 500 mil rúpias de recompensa da Masjid Mohabat Khan', disse o clérigo, aludindo à sua mesquita.
Acredita-se que Qureshi não tenha uma grande base de seguidores, mas declarações de clérigos podem provocar reações violentas e complicar os esforços governamentais para combater o extremismo religioso e a militância.
Qureshi, que lidera há décadas a congregação da mesquita Mohabat Khan, do século 17, disse à Reuters mais tarde que está determinado a ver a mulher cristã morta.
'Esperamos que ela seja enforcada. Se isso não acontecer, pediremos aos mujahedines (combatentes islâmicos) e o Taliban a matará.'
Bibi, que tem 45 anos e é mãe de quatro filhos, é a primeira mulher a ser sentenciada à morte por causa da lei contra a blasfêmia.
As condenações por blasfêmia são comuns no Paquistão, de maioria muçulmana. Embora a condenação à morte nunca tenha sido executada, já que a maioria das condenações é revogada após recursos, fanáticos e multidões enfurecidas já mataram muitas pessoas acusadas de blasfêmia.
Depois de condenada, Bibi fez um apelo ao presidente Asif Ali Zardari, pedindo para ser perdoada e dizendo que foi acusada injustamente por vizinhos devido a uma briga por motivos pessoais.
Da Reuters
Asia Bibi, à direita, foi sentenciada à morte por um tribunal pela acusação de ter insultado o Islã. (Foto: Reuters)
A sentença contra Asia Bibi provocou um novo debate sobre a lei paquistanesa contra a blasfêmia, que, segundo críticos, é usada para perseguir minorias religiosas, alimentar o extremismo religioso e promover vinganças pessoais. As minorias não-muçulmanas representam mais ou menos 4 por cento dos 170 milhões habitantes do Paquistão.'Resistiremos fortemente a qualquer tentativa de revogar leis que garantem a proteção da santidade do Santo Profeta Maomé', disse Qureshi a uma multidão de islâmicos radicais.
'Quem matar Asia receberá 500 mil rúpias de recompensa da Masjid Mohabat Khan', disse o clérigo, aludindo à sua mesquita.
Acredita-se que Qureshi não tenha uma grande base de seguidores, mas declarações de clérigos podem provocar reações violentas e complicar os esforços governamentais para combater o extremismo religioso e a militância.
Qureshi, que lidera há décadas a congregação da mesquita Mohabat Khan, do século 17, disse à Reuters mais tarde que está determinado a ver a mulher cristã morta.
'Esperamos que ela seja enforcada. Se isso não acontecer, pediremos aos mujahedines (combatentes islâmicos) e o Taliban a matará.'
Bibi, que tem 45 anos e é mãe de quatro filhos, é a primeira mulher a ser sentenciada à morte por causa da lei contra a blasfêmia.
As condenações por blasfêmia são comuns no Paquistão, de maioria muçulmana. Embora a condenação à morte nunca tenha sido executada, já que a maioria das condenações é revogada após recursos, fanáticos e multidões enfurecidas já mataram muitas pessoas acusadas de blasfêmia.
Depois de condenada, Bibi fez um apelo ao presidente Asif Ali Zardari, pedindo para ser perdoada e dizendo que foi acusada injustamente por vizinhos devido a uma briga por motivos pessoais.
Da Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário