Há tempos a tal teologia da prosperidade me consome interiormente, por muitas vezes me tirando do sério, sinceramente falando, porém, até o dia de hoje, havia externado minhas opiniões a respeito deste tópico apenas com meus irmãos na Fé e principalmente nos meus íntimos momentos de proveitosas e edificantes conversas com o Senhor. Agora decidi compartilhar este assunto com todos vocês e espero que este post receba manifestações e opiniões de vocês que lêem este artigo.
Há algum tempo atrás eu estava “zapeando” por alguns canais de televisão (e olha que é algo difícil eu sentar para assistir tv, quase não faço isso) e me deparei com um programa de cunho evangélico, destes que passam nas madrugadas, quando notei a presença do norte americano e “macaco velho no segmento gospel” Morris Cerullo, proferindo algumas palavras com tradução simultânea.
Para quem não conhece o Dr. Morris Cerullo, eis uma breve apresentação:
Nascido no ano de 1931, Cerullo afirmar ter tido seu primeiro encontro com Deus na tenra idade, aos 8 anos precisamente falando, ao tentar dar fim a sua vida. Aos 14 anos de idade relata que foi retirado de um orfanato judeu por dois seres angelicais, que o levaram para um refúgio especialmente preparado para ele. Cerca de menos de um ano depois, o então jovem Morris foi transportado ao céu, onde teve um encontro face a face com Deus. Em “The Miracle Book”, escrito pelo próprio, ele descreve Deus como tendo cerca de 1,83 m de altura e o dobro da largura de um corpo humano. Desde então, o evangelista vem rodando o mundo, difundindo a teologia da prosperidade.
Analisando o relato de Cerullo, no qual ele afirma ter visto a Deus face a face, o mesmo é confrontado com a própria palavra de Deus, descrita no evangelho de João Batista, capítulo primeiro, versículo 18, que descreve o seguinte:
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.”
Há outra passagem bíblica que conflita esta mesma afirmação. A primeira carta que Paulo escreveu a Timóteo, no capítulo 6, versículo 16 diz o seguinte:
“Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.”
Há algum tempo atrás eu estava “zapeando” por alguns canais de televisão (e olha que é algo difícil eu sentar para assistir tv, quase não faço isso) e me deparei com um programa de cunho evangélico, destes que passam nas madrugadas, quando notei a presença do norte americano e “macaco velho no segmento gospel” Morris Cerullo, proferindo algumas palavras com tradução simultânea.
Para quem não conhece o Dr. Morris Cerullo, eis uma breve apresentação:
Nascido no ano de 1931, Cerullo afirmar ter tido seu primeiro encontro com Deus na tenra idade, aos 8 anos precisamente falando, ao tentar dar fim a sua vida. Aos 14 anos de idade relata que foi retirado de um orfanato judeu por dois seres angelicais, que o levaram para um refúgio especialmente preparado para ele. Cerca de menos de um ano depois, o então jovem Morris foi transportado ao céu, onde teve um encontro face a face com Deus. Em “The Miracle Book”, escrito pelo próprio, ele descreve Deus como tendo cerca de 1,83 m de altura e o dobro da largura de um corpo humano. Desde então, o evangelista vem rodando o mundo, difundindo a teologia da prosperidade.
Analisando o relato de Cerullo, no qual ele afirma ter visto a Deus face a face, o mesmo é confrontado com a própria palavra de Deus, descrita no evangelho de João Batista, capítulo primeiro, versículo 18, que descreve o seguinte:
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.”
Há outra passagem bíblica que conflita esta mesma afirmação. A primeira carta que Paulo escreveu a Timóteo, no capítulo 6, versículo 16 diz o seguinte:
“Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.”
Não é no mínimo intrigante confrontar estas passagens bíblicas com os relatos do Sr.Cerullo???
Entre crer na palavra de Deus e na palavra deste evangelista norte americano, não tenham dúvidas de que fico com a palavra do Senhor, que aliás, é por ela que guio o meu viver.
A teologia da prosperidade, conhecida também como confissão de fé, palavra de fé e movimento da fé foi criada nas primeiras décadas do século XX nos Estados Unidos. Esta doutrina afirma, a partir da interpretação de textos como Gênesis 17: 7 (E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti.), Marcos 11: 23-24 (Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.) e Lucas 11: 9-10 (E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.) que aos que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de excelente situação nas áreas da saúde e principalmente da finança.
O pioneiro deste movimento foi o também norte americano Essek M.Kenyon, tendo como seu maior divulgador Kenneth Hagin, que influenciou a muitos pregadores nos EUA, inclusive o Sr. Cerullo, além de evangelistas renomados como Benny Hinn e o coreano David Paul Yonggi Cho.
Voltemos ao programa de televisão, feitas as breves apresentações sobre o Dr.Morris, bem como no que se baseia a teologia da prosperidade.
Decidi assistir aquele programa (este vídeo está disponível no youtube), pois já conhecia este senhor como sendo um veemente defensor da teologia da prosperidade e fiquei intrigado em saber qual o motivo de sua presença no programa do Pr. Silas.
Percebi que estava sendo lançada a Bíblia de batalha espiritual e vitória financeira de autoria de Cerullo, mas não foi isso que me trouxe algum incômodo e sim o apelo deste “profeta”, no qual ele relata que Deus lhe disse que estava “derramando uma unção financeira nestes últimos dias, como Ele nunca havia feito antes”. Para que tal unção recaísse sobre o povo de Deus, bastava que as pessoas que assistiam ao programa em questão, ofertassem voluntariamente a quantia de R$ 900,00 para que Deus liberasse a “unção financeira dos últimos dias” (??!!!???!!!), para que recebessem da parte do Senhor algo que nunca fora recebido antes.
Logo após ele explica o porquê do número 9. Ele faz menção ao ano de 2009 e por isso do pedido do valor de R$ 900,00. Agora que estamos em 2010, seguindo a linha de raciocínio dele, prepare-se para sacar dez notinhas de cem reais de seu bolso, ok?
Agora eu lhes pergunto, isso não se assemelha a numerologia, considerada por nós cristãos uma prática mística??? É impressionante como muitas igrejas têm permitido a incorporação de absurdos como este.
A cerca de semanas atrás parei novamente em frente da tv para assistir algo que me chamou a atenção, desta vez o programa era apresentado pelo Ap. Valdemiro, convocando 150 mil pessoas a ofertar R$ 153,00, que representavam os 153 grandes peixes, relatados no evangelho de João, capítulo 21, versículo 11, na terceira vez em que Jesus se manifestava aos seus discípulos após a ressurreição. Ao doar o valor acima descrito, o ofertante ganhava uma pequena rede. Em outras ocasiões ele pediu aos fiéis de sua igreja um dízimo de 20%, o que já achei um absurdo. Como se não bastasse, no mês de dezembro passado ele convocou sua igreja a entregar o “dízimo” de 30%, representando a santíssima trindade (o Pai = 10%, o Filho = 10% e o Espírito Santo = 10%, totalizando os 30%). Agora lhes pergunto, dízimo não significa a décima parte??? Isso em meu entendimento é coisa de um néscio, de uma pessoa inepta. Estes vídeos também estão disponíveis no youtube, caso você queira assistí-los.
Entendamos que não falo a cerca de dízimo (sou dizimista em minha igreja e faço-o com muita satisfação e alegria), mas sim, falo de homens e mulheres que pregam um evangelho barato, que barganham com Deus, fazendo do ato de cruz de Jesus Cristo algo tolo e sem valor.
Jesus não veio a nós e se permitiu ser humilhado e morto em uma cruz para que tivéssemos fortunas e conforto e sim para nos provar o seu Amor (com “A” maiúsculo), livrando-nos do pecado e nos reconciliando com Deus.
Assim diz o evangelho de Mateus, capítulo 8, versículo 20:
“E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.”
Ainda em Mateus no capítulo 10, versículo 24, vemos o seguinte:
“Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.”
Vamos aos fatos. Se o filho unigênito de Deus não tinha nem se quer onde recostar sua cabeça para descansar e se o servo não é maior do que o seu Senhor, por qual motivo deveríamos pensar que Deus tem como plano maior em nossas vidas a prosperidade?
Não creio que Deus, como sendo um Pai amoroso e zeloso queira que seus filhos vivam em miséria, mas também creio que sua preocupação principal conosco é que nos arrependamos diariamente de forma verdadeira, para que tenhamos relacionamento com Ele e conseqüentemente assegurarmos nossa salvação (Não sou daqueles que carrega consigo a filosofia de que “uma vez salvo, salvo para sempre”), afinal, ela é conquistada dia após dia.
Os textos bíblicos pregados por estes homens para defender a doutrina da prosperidade são distorcidos, corrompidos, a fim de que seus discursos tenham alguma valia.
Vejamos o exemplo inspirador do apóstolo Paulo, em 2ª Coríntios no capítulo 4, que não falsificava a palavra de Deus, mesmo atribulado não se angustiava, mesmo perplexo não se desanimava, era perseguido, mas não desamparado e por fim, abatido, mas não destruído. Paulo ao contrário de pedir bênçãos para si, desejar ser próspero, era entregue a morte todos os dias por amor a Jesus Cristo, trazendo em seu próprio corpo a vida de Jesus.
E se ao invés de pedirmos a Deus por vitórias nas finanças, barganhando com Ele com nossas ofertas para que tenhamos benefícios próprios, decidamos ofertar para que pessoas famintas tenham o que comer? Por que ao contrário de desejarmos o bem estar pessoal não desejamos que nossas ofertas sirvam para que as boas novas do evangelho de Jesus Cristo alcancem aqueles que ainda não as conhecem? E abrir mão do sonho do carro importado zero quilômetro, da casa na praia com piscina ou mesmo daquela viagem de compras a Paris por alguém que você nem mesmo conhece?
É difícil, não é mesmo? Doar-se pelos que realmente necessitam é bastante confrontador, abrir mão de sua vida para que outros tenham Vida não algo tão simples assim, não é?
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.” Mateus 16:24-27
“ E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.” Marcos 8: 34-38
Confio minha Fé nestes textos acima descritos. Infelizmente existem muitas (mas muitas mesmo) pessoas que têm vendido sua fé mediante a aceitarem viver um evangelho barato, desejando para si os tesouros deste mundo.
E você, como tem procedido? Seu coração está nas riquezas e prazeres deste mundo ou seu coração encontra prazer em servir ao Senhor, pregando as boas novas aos aflitos e necessitados e fazendo boas obras?
De que adianta você ser dono de posses, de seu celeiro estar cheio até a capacidade máxima enquanto muitos morrem a míngua e sem conhecerem a palavra de Deus?
Se a teologia da prosperidade fosse válida, não haveriam tantos irmãos em Cristo em situação de miséria neste país e em outras partes do mundo. Creio que para estes, Deus tem guardado o melhor. Lembra-se da parábola do Rico e Lázaro? Não? Então leia em Lucas, capítulo 16, do versículo 19 ao 31 e verás que o que escrevi acima possui coerência.
Para terminar, quero deixar-lhes uma mensagem.
Não seja você mais um a ser ludibriado por falsos profetas ou gananciosos de plantão, a fim de que não caias em engano, não permitindo que doutrinas perniciosas comprometam o seu bom relacionamento para com Deus.
Desejo que você prefira carregar sua cruz a desejar os tesouros e prazeres momentâneos e fúteis deste mundo, para a honra e glória dEle!
Obrigado por ler mais este desabafo.
Um grande abraço e que Deus te abençoe.
No amor de Cristo Jesus, sempre!
Chris Kato
Fonte: Blog do Chris Kato
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