Patrick B. Craine
ITAN WALI, Paquistão, 2 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Uma mulher cristã, mãe de cinco filhos, que está enfrentando execução em sua pátria, o Paquistão, por defender sua fé não pode ser perdoada pelo presidente do país nessa conjuntura, decidiu a Corte Superior de Lahore.
Asia Bibi, uma trabalhadora rural de 45 anos do pequeno município de Itan Wali na região do Punjab, foi sentenciada no mês passado a ser enforcada depois de ser presa e acusada de cometer blasfêmia em 2009.
A mulher entrou em discussão com algumas muçulmanas com quem trabalhava. Elas se recusaram a beber a água que ela havia tocado com a mão, dizendo que estava contaminada porque ela é cristã. Ela foi finalmente presa pela polícia depois que ela e seus filhos foram surrados e torturados por vários homens muçulmanos. Ela também diz que foi estuprada.
O incidente provocou manifestações internacionais para que o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, decretasse um perdão para Bibi, o qual, de acordo com a CNN, ele está preparado para conceder.
Ao mesmo tempo, a Corte Superior de Lahore, a segunda maior cidade do país, decidiu nesta semana que o presidente poderá não conceder um perdão enquanto o caso está sob recurso, relata a Agenzia Fides. O caso está atualmente diante da Corte Superior.
Entretanto, o presidente Zardari argumentou que a Corte Superior não tem jurisdição para impedir o perdão, uma opinião que foi confirmada pelo Supremo Tribunal.
Apesar disso, parece que o presidente, que está enfrentando pressões de extremistas no país majoritariamente islâmico, aguardará o processo do recurso antes de intervir.
O marido de Bibi, Ashiq Masih, disse para a Agenzia Fides na quarta-feira que sua família está “levando uma vida sob ameaças”. “Estamos sendo alvos de grupos extremistas, e tememos por nossas vidas. Estamos prontos para partir para a Itália ou EUA, logo que Asia for liberta”, disse ele.
Fides noticia que alguns líderes islâmicos declararam publicamente que poderão ordenar a morte de Bibi se ela for solta. Mais de 30 pessoas acusadas de violar a lei anti-blasfêmia do Paquistão foram, de acordo com a imprensa, assassinadas na prisão ou mortas depois de soltas.
Informações de contato:
Presidente Asif Zardari
publicmail@president.gov.pk
Traduzido por Julio Severo
publicmail@president.gov.pk
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